domingo, 21 de fevereiro de 2010

Talvez tenha se passado uma hora, um dia, um ou dois meses, quem sabe. Desde então, entendo os ponteiros do relógio, que estão sempre no mesmo lugar.
Olho-os com a frequência em que respiro. Talvez, tenha se passado somente alguns minutos, desde quando prometi que não lembraria mais de quem és.
O fato é que não lembro uma vida inteira, não lembro se tu avisaste que iria voltar.
Ainda tenho medo de sair do lugar e você chegar...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Eu fiz um par de brincos
Pra brincar todo dia
Todo dia, todo dia
Com a sua impecável e distinta harmonia
Harmonia, harmonia
Como se fossem duas notas da simples melodia
Melodia, melodia
Um mistério stereo que eu te cantaria
Eu cantaria, cantaria

Pra vibrar em cada canto dominante no seu coração
Rodeando, balançando, enfeitando
Seu ouvido, seu pescoço, seu corpo, sua casa, seus jardins
Contrapondo seu ritmo, seu som
Tornando sua alma dissonante enfim

Se eu pudesse
Ah, se você percebesse
Que eu faço de tudo só pra te encantar
Todo dia, eu cantaria, todo dia

Eu fiz um par de brincos
Pra brincar todo dia
Todo dia, todo dia
Com a sua impecável e distinta harmonia
Harmonia, harmonia
Como se fossem duas notas da simples melodia
Melodia, melodia
m mistério stereo que eu te cantaria
Eu cantaria, cantaria

Todo dia, essa melodia
No seu ouvido, no seu pescoço, sua casa, na sua vida
Eu cantaria...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Demorei uns dias pra conseguir vir até aqui.
Não que não quisesse, mas eu precisava saber mais de você do que já sabia. Também precisava ouvir tudo o que lembra você e isso leva tempo. Por isso, talvez, o que te escrevo já não seja mais simétrico.
Talvez, nem deveria ser. Não pra você, que ouvia música como se pudesse olhar pra ela. Eu te conto pros outros. Eu te mostro pra quem não te conheceu. Empresto-te o que nem é meu de fato. Empresto-te pra minha maldita esperança.

Enquanto a chuva me molha e apaga meu cigarro, o peito dói, e eu sei, a culpa é minha. Queria muito te ter aqui agora, mesmo sabendo que se estivesse me ouvindo agora, me ignoraria.
E sim, me culpo por não te deixar ir embora. Me culpo por não conseguir te tirar de mim, me culpo por não conseguir te esquecer, eu não consigo te lavar da minha pele. Ainda não sei ficar um dia sem pensar em você.

“... O que é que eu posso contra o encanto,
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto e que, no entanto,
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes, velhos fatos,
Que num álbum de retratos
Eu teimo em colecionar.”

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Platonisse.

Vivi intensamente aquele amor, mesmo não a vendo, mesmo não a tendo. Ri, chorei, sofri, amei. De todas, ela foi a melhor, ela é que realmente deu sentido a palavra amor. Gostava tanto de imaginar suas feições, de sentir seu perfume, de estar presente na vida dela. Sonhava todos os dias com a sua voz e acordava feito criança, rindo, desembestada ao falar, ligada nos 220 v. Deve ser por isso, errei ao ter me entregado. Errei ao tentar mudá-la. Errei ao achar que ela poderia ser feliz comigo. O que eu não havia percebido antes, é que fui só mais uma medalha de "Honra ao Mérito", mais um troféu. Errei em pensar que um dia ela seria minha. Por via das dúvidas, não pensava, saía da boca o que o coração queria falar. Doeu saber que hoje não existe mais nada, não há nada que eu possa fazer.


Agora, depois de muito refletir, vi que não tem mais graça. Não faz mais sentido ultrapassar barreiras para ficar junto dela, o amor simplesmente sumiu. Melhor que seja assim, platônico. O amor platônico é aquele que quando a pessoa amada o reconhece e também se apaixona, perde a graça. O amor platônico é bom enquanto é platônico, quando é real, não faz mais desejo. Que assim seja, deixo fotos, mensagens, músicas, tudo ao seu dispor.

Hoje, mais que nunca, viraste tema de um blog, inspiração para essas palavras. Fora daqui, sou má, traiçoeira e extremamente vingativa. Você sabe.

Talvez eu até seja assim, mas contigo, posso ter chegado perto, mas nunca fui (e deveria ser).
O que ninguém vê, talvez seja o que você, realmente sabe, sente. Ou não, talvez você faça do amor um jogo, igual fiz algumas vezes atrás. Sigo em frente, a jornada ainda não acabou. Tenho muito a fazer, não há tempo a perder. Quando eu estiver aqui, já bastante acostumada com a sua falta e o tédio dos dias que se passam, vou lhe fazer esse favor. Pode anotar, eu ainda morro de amor, apenas pra te deixar um pouco mais feliz...
Eu queria tanto que você visse isso tudo,e que mesmo que de longe me desse algum sinal!
Principalmente num dia como hoje, em que eu precise de bem mais que cigarros pra fazer o dia passar mais rápido.