Aquela era a primeira vez que eu abria meu coração por inteiro, falando do meu intimo e dos meus pensamentos, dos meus medos, das minhas sensações e do meu vínculo com os demais. Foi a primeira vez que deixei o coração chorar sentimentos retraidos, mágoas passadas e minha ansiedade para alcançar certa fase em minha vida. Estavamos alí, sentados. Pessoas passavam por nós, algumas ao nosso lado, mas eu sentia que aquele lugar era somente nosso, onde eu poderia me abrir, soluçar, abraçar. Eu não sabia que tinha ao meu lado alguém que é realmente igual a mim. Mesmos pensamentos, mesmas vontades, mesmas desculpas de fingimento. Era o meu eu conversando com outro meu eu, mas em outro corpo, com outra voz, com outro nome. Tirei a máscara, tirei a armadura do dia a dia, e contei dos meus conflitos.
Esse alguém não me deixa cair, me faz sonhar, me faz feliz como eu nunca imaginei ser um dia. E pela milésima vez, mostrou novos horizontes para os meus olhos cansados de somente ver o chão.
Um comentário:
E agora, vc retribiu o choro que eu lhe causei com "Conversação"...
Lindo texto amore!
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