Quis tanto ser teu ombro amigo, sua canção antes de dormir. Seu copo do lado da cama. Quis ser teu travesseiro, quis ser teu perfume, quis ser o rádio ligado pouco antes de ir para o trabalho. Quis ser teu anjo, sua poetisa, sua amante, seu devaneio, seu café, seu cigarro, sua sombra. Ser teu anjo, teu diabo, teu doce, teu amargo, teu salgado. Quis ser a toalha que enxuga teu corpo, o papel onde você se debruça. Quis ser tua, com todos os acordes e compassos daquela música.
Você coleciona padrões inventados. Formamos um casal moderno, com a geladeira cheia de cervejas e presunto de sobremesa. Não terminamos nenhuma briga, não acabei meu mau hábito e continuamos nesse romance desprovido de cuidado. Acabamos sendo um romance de meia-estação, daqueles que precisam de abraço e beijo quente, no final de cada dia.
2 comentários:
Vamos "bloguear"... rsrrsrrsrs
Adorei os versos... Ludicos e fortes!
De quem são?
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