quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Fita Métrica do Amor.

Como se mede uma pessoa?
Os tamanhos variam conforme o envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito,
quando olha nos olhos e sorri destravada.
É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante pra mim entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto.
É pequena quando nem toca no assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende (ou ao menos tenta), quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.
Uma pessoa é pequena quando tem um comportamento clichê.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições?
Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser 'grande'.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser 'pequeno'.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas crescem e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas acredito eu, de ações e reações, de expectativas e frustrações.
Uma pessoa é 'única' ao estender a mão (presenciado ontem), e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma.

Enfim, não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

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