Não sei se minha vida, minha cabeça, enfim, meu estado atual de viver, pensar e agir me permitem escrever algo como eu gostaria de escrever e, aliás, gostava de escrever quando conseguia há algum tempo atrás.

Não vou reclamar de nada.

Apenas quero dizer que venha quem vier com propostas sedutoras, tentadoras ou mesmo críticas destrutivas e terrivelmente reais e úteis, eu não vou desistir. Não é questão apenas de valorizar tudo o que já passou sem afetar uma escolha, um rumo dado a uma vida, que mesmo não tendo sido muito bem aproveitada nos últimos tempos tem sido, invariavelmente aproveitada.

Tenho pensado demais nisso, sem chegar à conclusão alguma. Já passei por coisa pior e gosto de nesses momentos lembrar de que nenhum 'medo' pode ser pior dos que já senti, dos que já me fizeram sentir.

Não sei de nada. Não sei o que fazer. O que pensar. O que não quero mais. Não sei sobre o meu passado o que faz diferença e o que realmente ficou no passado.

Sei que quero e que não vou desistir.

Tantos são os que me perguntam, indiretamente, se vale à pena. Isso ou aquilo. Aqui e ali. Se vale à pena fazer o que faço. Se vale à pena continuar desse jeito, seguindo convicções e sentimentos que, embora considerados estupidos pela grande maioria, acabam sendo a única coisa certa que acredito ter em mim. Convicções e sentimentos que me prejudicam muitas vezes, me impedem moralmente de tomar certas atitudes e fazer coisas que eu até gostaria.

O mundo é uma coisa normal em que todo mundo aponta hipocrisia no próximo.
Isso tudo cansa um pouco, mas não vou desistir.

E é engraçado isso. Eu leio em todos os lugares, de todas as pessoas, que elas odeiam falsidade hipocrisia, que só tem amigos verdadeiros, que vivem, no sentido literal, que fazem tudo por uma justa causa.

Caramba, então, onde estão os hipócritas? Enfim, "o bom e o melhor".

Embora a minha certeza já não esteja mais tão certa assim, ainda resta uma parte consciente de mim em meio a um cérebro cheio de dúvidas e um coração cheio de medos insconscientes.