terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Érika Almeida, ♥

Acordei ao ver o sol iluminar a janela e esquentar o teu quarto. Minha vontade essa manhã era de ficar olhando você dormir, mesmo sabendo que logo você sairia... Te acho linda dormindo, há uma paz tão grande dentro de ti, paz de música, de sentimentos.
Acho engraçado e ao mesmo tempo fascinante quando você fala que seu trabalho é a melhor coisa do mundo, que isso te alimenta, te renova...

Passamos por momentos turbulentos, mas nada que nos convencesse de que o fim estava próximo. A vida sempre acaba nos pregando algumas peças, não é mesmo? Como as águas, sempre acabam revelando partes escondidas do nosso oceano até então desconhecidas. Afinal, que casal não discorda das coisas? Nossas diferenças são uma incógnita, como você mesma diz.

O fato que hoje me determinou estar aqui, em frente ao computador, escrevendo esse "desabafo" para que você e meus agregados virtuais vejam, definitivamente não é provar o sentimento ou mostrar para o mundo a "NAMORADA PERFEITA QUE TENHO" mas sim, fazer como num passe de mágicas, você se sentir mais viva através destas palavras. Ao mesmo tempo, fazer com que as pessoas tenham RESPEITO ao ver determinado "status" em minha página virtual, ao escrever, ao pensar, ao cogitar e ao tomar qualquer decisão que envolva duas pessoas que se relacionam.
Sabe, enquanto tentava dormir eu parei pra pensar em tudo que nós duas vivenciamos para estar aqui hoje, uma ao lado da outra, seja dormindo, seja ao assistir a um filme num final de semana de ócio ou até sair pra um passeio.

Foram tantos desencontros, tanta vida, tantos laços, tantas referências... E como disse Vanessa da Mata: - "que sorte a nossa, hein?"

Mesmo tendo pouca idade e pouca experiência de vida, ESTAR com alguém requer muito mais que beijos e abraços apertados, requer olhos atentos ao que se passa ao redor, requer espírito pra perceber as energias ruins que nos rondam quando a gente está feliz com a vida que tem. Amor é aposta. Amor é proteção e acima de tudo fé, na gente e na outra!
Preciso contar com você. Ter outras eternidades ao seu lado e me divertir com os caprichos da nossa vontade. Preciso poder explodir, sempre que for necessário fazer/tentar um novo começo ou até mesmo pelo prazer da novidade. Queria poder te olhar e entender sem precisar de uma sequer palavra sua. Queria poder errar e não me esconder, não ter que ter nenhum poder
e poder não ter. Será querer demais? Preciso poder gritar com você e preservar o respeito em potes transparentes etiquetados sem o prazo de validade; Preciso poder me satisfazer por estar por perto, mesmo afastada e confiar, na certeza da cumplicidade;
Preciso poder ser imprecisa, pois tenho a plena certeza que VOCÊ trará as minhas soluções.

Com você, eu cansei de fugir e tentar fechar todas as portas do meu coração.
Resolvi abrir as asas do sentimento e deixar para todos verem.
Deixei que esse sentimento estendesse uma faixa amarela escrita: Eu sou feliz com você! Eu te quero pra mim! Eu te amo!
Eu não só escrevi como eu disse, disse essas palavras. Não só digo como grito. Grito aos quatros ventos que EU TE AMO, como nunca amei antes. Eu te quero como os meus textos, a minha escrita, querem meus pontos, parágrafos. Quero ainda mais o seu sorriso, suas lágrimas, seu beijo, seus olhos, seu sexo!
Não quero esperar nenhum segundo, não quero deixar nada pro amanhã, não quero desperdiçar nenhum olhar meu ao seu, nenhuma palavra.
O nosso amor está perpetuado, está escrito nas estrelas. Ele chegou aqui com uma força intensa, ainda mais reforçada, só pra provar que o amor pode ser verdadeiro (VIVIDO e virar um REFLEXO para os outros).
É, eu te amo e não canso de dizer isso, não canso de contar os segundos, de te esperar. Não canso e nunca vou cansar de te amar.

                          Joseane D. Caldas.

sábado, 11 de dezembro de 2010


Tenho uma relação intensa com a vida.
Costumo ser expontânea com as pessoas, e acho isso uma das minhas maiores virtudes. Odeio mentiras. Odeio preconceitos. Odeio quem quer passar por cima de todo mundo. Mas não consigo odiar ninguém.
Não julgo as pessoas por aparências e esse comportamento se espelha em todos os setores da minha vida. Enquanto muitos se satisfazem com o que é visível aos olhos, exigo muito mais de mim e das pessoas ao meu redor. E ao contrário do que muita gente pensa, estou muito mais interessada nos prazeres da vida do que no valor das coisas.
Hoje sei que confiança não é questão de Luxo, e sim de sobrevivência. Ninguém é feliz sozinho.
É preciso que haja cumplicidade, entrega, amor e honestidade. Sempre!
É muito difícil portanto definir o verdadeiro "eu", pois em todo momento.. incorporo vários deles.
Mas se tem uma coisa que aprendi, é que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo mesma...

CONTINUA. rs

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fragmentos.

Quis tanto ser teu ombro amigo, sua canção antes de dormir. Seu copo do lado da cama. Quis ser teu travesseiro, quis ser teu perfume, quis ser o rádio ligado pouco antes de ir para o trabalho. Quis ser teu anjo, sua poetisa, sua amante, seu devaneio, seu café, seu cigarro, sua sombra. Ser teu anjo, teu diabo, teu doce, teu amargo, teu salgado. Quis ser a toalha que enxuga teu corpo, o papel onde você se debruça. Quis ser tua, com todos os acordes e compassos daquela música.
 

Você coleciona padrões inventados. Formamos um casal moderno, com a geladeira cheia de cervejas e presunto de sobremesa. Não terminamos nenhuma briga, não acabei meu mau hábito e continuamos nesse romance desprovido de cuidado. Acabamos sendo um romance de meia-estação, daqueles que precisam de abraço e beijo quente, no final de cada dia.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O conto da encantadora.

Fala-se sobre uma criatura,
um ser, que possui a incrível capacidade de fazer com que
qualquer que seja o seu alvo, se apaixone enlouquecidamente por ela.
Essa é a encantadora.
Ao cruzar com a encantadora, você pode nem perceber, 
mas só uma troca de olhares é necessária para que você caia de amores por ela.
Ela toma conta dos seus pensamentos, tira o seu sono, e sua concentração,
tudo que importa na sua vida é ela.
Encontrar uma encantadora, pode ser a pior derrocada, ou a maior sorte da sua vida.
Mas o que acontece quando duas encantadoras se encontram?
Seria uma disputa de egos? Uma disputa pelo controle, pelo poder?
Ou seria a relação mais perfeita, quando uma tem a capacidade de fazer com que a outra caia de amores e vice-e-versa? 
A certeza de que alguém sente coisas boas por você, e se preocupa com você, é com certeza um dos sentimentos mais maravilhosos do mundo.
Nós duas somos encantadoras, e você sabe, o quanto você me encantou, o quanto me embriagou, o quanto me seduziu.
Só você é capaz de mexer com a minha cabeça dessa forma, você tem total controle sobre minhas emoções e meus pensamentos.
Eu sou toda sua.
Um abraço, um beijo, um olhar, qualquer coisa que venha de você é o suficiente pra me fazer experimentar um êxtase profundo.
Não preciso te comparar a nada existente no mundo, simplesmente porque nada te descreveria bem o suficiente, não há palavras para tanto.
Você é alguém que me traz mais do que eu preciso pra ser feliz, mais do que eu preciso pra me sentir bem.
VOCÊ s2

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

medo.



Me perdi no abismo dos seus olhos, talvez seja um caminho sem volta.
Me encontrei no seu corpo trêmulo, quente, alucinável.
Me saciei na tua boca efêmera, de paladar sem igual.
Me entreguei ao seus braços rígidos, ríspidos, delírio.
 
Enfim, desejo a eternidade a nós... um pecado capital?
Lua cheia, crise emocional.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Água e ar.

"Pra você guardei o amor que nunca soube dar..."

(Nando Reis)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Grito de Alerta - Gonzaguinha

Primeiro você me azucrina
Me entorta a cabeça
Me bota na boca
Um gosto amargo de fel...
Depois
Vem chorando desculpas
Assim meio pedindo
Querendo ganhar
Um bocado de mel...
Não vê que então eu me rasgo
Engasgo, engulo
Reflito e estendo a mão
E assim nossa vida
É um rio secando
As pedras cortando
E eu vou perguntando:
Até quando?...
São tantas coisinhas miúdas
Roendo, comendo
Arrasando aos poucos
Com o nosso ideal
São frases perdidas num mundo
De gritos e gestos
Num jogo de culpa
Que faz tanto mal...
Não quero a razão
Pois eu sei
O quanto estou errado
E o quanto já fiz destruir
Só sinto no ar o momento
Em que o copo está cheio
E que já não dá mais
Pra engolir...
Veja bem!
Nosso caso
É uma porta entreaberta
E eu busquei
A palavra mais certa
Vê se entende
O meu grito de alerta
Veja bem!
É o amor agitando o meu coração
Há um lado carente
Dizendo que sim
E essa vida dá gente
Gritando que não...

domingo, 22 de agosto de 2010

Vida...

Distância estranha essa que nos separa, pois estamos tão perto.

Você sabe do que eu gosto, do que eu quero, até mesmo dos meus sonhos, mas ao mesmo tempo é como se não soubesse, não que você não se importe, mas vejo-te tão cansada.
E quando consigo olhar nos teus olhos, vejo sua porta ainda entreaberta, não entendo
O fato é que me sinto protegida em teus braços, há um conforto e sentimento de paz tão grande ali,
que eu sei que nada seria capaz de me atingir, e nada me atinge na verdade, você é a minha proteção!
Eu preciso de você, quero que me devolva toda aquela segurança que eu tinha, que você me permitia ter.
Conte teus problemas, mesmo que eu não possa os resolver. É bom ter alguém que nos ouça às vezes, e oh eu ainda estou com você, sempre estive, mas você ainda não consegue me vê aqui
Tanta coisa eu queria dividir com você, tenho tantos sentimentos bons para te passar, tantas alegrias e tristezas para te contar
Tenho medo de que nos percamos em tanta falta de nada, em tanta confusão e correria, de que não tenhamos tempo suficiente para nos conhecermos
Não te culpo por essas e outras coisas, porque não sei o que existe dentro de você
Te admiro por tirar forças de onde já não se tem, admiro o teu esforço em fazer com que tudo dê certo.
Onde está você?
Ficou encubada no tempo, perdida entre tantas lembranças, você não está aqui, lembranças boas essas que eu tenho, me trazem a esperança de que talvez,
você abra os olhos e veja que eu ainda preciso de você, que meus braços continuam estendidos à tua espera.
Lembre-se: - Volte quando for possível.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

[in] tenções.

Não, não há tantas certezas por aqui.
Nem por ali. Nem em lugar algum.
A vida cheia de certezas que não me pertencem. Mas sabe, às vezes ela é boa e dá tudo certo. Daqui a pouco eu fico velha, daqui a pouco eu encontro, vários sorrisos e alguém intenso como eu, um campo cheio de rosas amarelas e abraços apertados.
Daqui a pouco tem casa nova...
E, insisto: Não há certezas por aqui. Há intenções.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Candura.

Desculpa se alguma vez houve estupidez, insensatez ou falta de atenção.
Nem sempre o que se diz é exatamente o que se quer dizer, coração sincero sabe bem, de onde vem, cada dor e cada dissabor.
Eu sei de cor que o amor que eu tenho por você, é o que eu tenho de melhor.
A vida é dura mais ela só faz melhorar... Quase nem tenho saudade!
Ninguém nunca vai nem pode entender e é difícil até fazer, uma canção pra dizer... Nós juntas temos um futuro que é a coisa mais preciosa que existe em mim.
A vida é dura mais ela só faz melhorar...
E ela só faz melhorar.
Quase nem sinto saudade!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu, meu.

Aquela era a primeira vez que eu abria meu coração por inteiro, falando do meu intimo e dos meus pensamentos, dos meus medos, das minhas sensações e do meu vínculo com os demais. Foi a primeira vez que deixei o coração chorar sentimentos retraidos, mágoas passadas e minha ansiedade para alcançar certa fase em minha vida. Estavamos alí, sentados. Pessoas passavam por nós, algumas ao nosso lado, mas eu sentia que aquele lugar era somente nosso, onde eu poderia me abrir, soluçar, abraçar. Eu não sabia que tinha ao meu lado alguém que é realmente igual a mim. Mesmos pensamentos, mesmas vontades, mesmas desculpas de fingimento. Era o meu eu conversando com outro meu eu, mas em outro corpo, com outra voz, com outro nome. Tirei a máscara, tirei a armadura do dia a dia, e contei dos meus conflitos. 
Esse alguém não me deixa cair, me faz sonhar, me faz feliz como eu nunca imaginei ser um dia. E pela milésima vez, mostrou novos horizontes para os meus olhos cansados de somente ver o chão.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Clichê? rs

Tava há muito querendo escrever mais, com mais frequência, atualizar o blog, organizar pensamentos soltos e, aquele meu costume de desabafar no papel.


Mas sempre me deixava consumir pelo tempo corrido dos dias repletos de compromissos, ou por me sentir muito ocupada nos momentos de ócio, tendo que aproveitá-los ao máximo. Tive alguns textozinhos na cabeça, que nao sairam dela, tive vontade de escrever, tive duas ou três ideias, mas perdi na poeira. Não estive muito triste ou angustiada ou profundamente abalada esses dias, nem tive uma grande e insuportável alegria que me obrigasse a escrever, desabafar, romper, registrar. Não senti necessidade de escrever. Tenho que parar com essa mania de escrever apenas sob fortes emoções. Eu nao gosto de pensar que eu só tenho textos emotivos, aquele transbordamento de sentimentos, que as vezes me levam a metáforas baratas. Aliás, eu ainda estou no processo de ADAPTAÇÃO dos meus sentimentos sem intensidade. Cheguei a pensar na palavra equilíbrio, mas desisti dela, temi o clichê. Tenho temido clichês, sabe-se lá o porquê. Nem quis chamar minha alegria de agora de alegria, por achar que ela pode ser mais uma das alegrias catalogadas. Parece até uma busca por originalidade, busca por uma alegria legítima, por uma paz de espirito original, qualquer coisa assim nova, novidade. Mas a medida que eu falo, falo, falo da vontade do incomum, do novo, legítimo e original, eu tropeço, e pá, dou de cara com a falta de tudo isso. Dou de cara com o temido clichê, afinal, nao querer ser cliche é tão... CLICHÊ. Deixa ser. A alegria minha de agora é a alegria comum, é a simples alegria sem saber por quê e pra quê. É a alegria de um dia simples, de uma conversa simples de todo dia, do jantar com pai e mae de todo dia, do boa noite amor, boa noite mãe de todo dia. Daquele velho café do curso no inicio do dia, acreditam que estava quente? rs

Eu tô feliz e muito feliz e nao tô querendo carregar isso aqui de intensidade porque eu percebi essa felicidade tão naturalmente, tão sem um motivo que se diga especial, original. Tô feliz e só. E é a felicidade, que eu mesma chamei, de clichê. Nem é. Clichê é querer não-ser-cliche. Termina sendo uma felicidade forçada, como se a felicidade precisasse de uma fórmula, de motivos preestabelecidos. Eu hein, acho que tô ficando caduca, rs.

Agora sim, feliz sem saber, sem me dar conta toda hora disso, sem motivo escolhido, felicidade barata, felicidade clichê, clichê não, rs, apenas sem classificação.

Ainda bem que eu tenho um cigarro pra fumar.

:~

comecei um texto bonitinho, mas no meio tive uma surpresa, apaguei tudo, me desconcentrei.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Eu só quero.

Te abraçar bem forte, fechar os meus olhos e sentir como se esse momento jamais fosse acabar. Você não acredita que eu sonho com isso todas as noites? Ou só continua fingindo como se não soubesse que é você de quem eu gosto? Eu quero trazer você pra mim, e passar todos os momentos que eu já planejei ao seu lado, já sonhei todos os minutos com você, já imaginei tudo. Quero meu futuro com você, do jeitinho que eu sei que só com você daria certo, porque eu sei que te amarei até a última batida do meu coração. Eu só preciso sentir você aqui comigo, sentir o cheiro do seu perfume na minha roupa, dormir sentindo o seu toque em mim e mais uma vez sonhar com você com a certeza de que um dia todos esses sonhos serão verdade, e que nada do que passamos foi em vão.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Eu esperava que isso fosse um texto.

Esperava descrever sentimentos, dores, tons...
Eu esperava que você entrasse por aquela porta e dissesse “eu quero você”
Esperei você se decidir, eu respeitei seu tempo, seu espaço, sua opinião. Mas e quanto a mim? E quanto ao que eu quero? Ao que eu gosto?
Meus dias foram dedicados somente a você. Não sei se foi um erro, não sei no que me tornei.
Sinceramente? Eu esperava que isso fosse uma carta, um meio de desabafo.
Esperava que você voltasse e dissesse que queria recomeçar. Pensei que você entendesse que depois que se foi, tudo se tornou vago, as flores murcharam e o tempo fechou.
Eu esperei você, por tanto tempo eu esperei.
Esperava que isso fosse uma pílula, uma forma de te esquecer...
E a cada linha, cada verso eu só vejo os olhos seus.
Eu queria te esquecer, como queria!
Mas até a forma que engajo cada palavra trás sussurrado teu nome diante a mim.
Não espero mais nada, nada, nada. Cansei.
Não há nada para esperar
E isso nada mais é do que o fim daquilo que um dia nos tornou uma só.

sábado, 5 de junho de 2010

Deixa o verão...

Injustiça é sempre ter um copo de café vazio do meu lado da cama.
Injustiça é não conseguir ser fraca e te procurar desesperadamente.
Injustiça é não conseguir pegar no celular e não perceber teu número.
É injusto saber que o que achei que fosse pra sempre, acabou como quem troca de cuecas.
Por minha culpa. Saber que faço parte de um passado inexistente me dá falta de ar, saber que hoje só me restam esses versos e meia dúzia de frases bonitas em meio à minha fumaça.. isso sim é injustiça.

Mas deixa, tu sabes que ainda te espero com as minhas flores murchas, meu versos, com tudo que tenho guardado aqui, debaixo da chuva.

domingo, 30 de maio de 2010

Não é fácil escrever...
Quanto mais escrevo, mais a vontade de escrever me consome.
Quanto mais me pergunto, menos respostas encontro e quanto mais me aprofundo, menos me vejo por fora.
Não é fácil escrever.
As entrelinhas parecem para guardar pesadelos sombrios.
Os parágrafos apresentam nostalgias loucas e os temas, são sempre melodias que nunca saem do ar.
Mas é bom escrever.
Nem que seja para um desabafo. 
Uma forma de guardar o que sinto de tal maneira, como se gritado, alguém pudesse me pegar a qualquer momento.
É um dom, talvez, seja.
Um dom divino, um dom oculto, um martírio.
É sentimento.
Sentimento de amar, sentimento de dor, sem ao menos, se sentir.
É vertigem, é coragem, é caminho.
Eu sou um mistério, eu vivo um mistério...
Eu escrevo.

domingo, 16 de maio de 2010

Dois.

Eu a amo, apenas sozinha.
Porque aquele gosto doce da tua boca ficou em meus lábios. 
Aquele toque arrepiante ainda dá choque em minha pele e aquela voz, ora tão seria, ora tão audaciosa, ainda perpetua meus ouvidos.
Eu a amo, e mais, desejo.
Porque aquele olhar tão significativo do qual eu sabia exatamente o que queria dizer, ainda ronda a minha memória. Aquele cheiro tão provocativo ainda tira meu sono e as palavras me enlouquecem.
EU TE ESPERO, perdida.
Pela forma com que teus dedos traçavam meu corpo, pelo suor da tua pele junto a minha e pela tua respiração ofegante em meu pescoço.
Eu te quero, na minha.
Sem mais demoras e sem sufoco, sem reclamações e ironias, sem gestos e palavras mal ditas.
Nós duas, uma só, apenas.
Nas encostas da noite, vivendo um amor com sabor de proibido perdido nos encontros e desencontros da vida com um coração que bate acelerado diante de cada suspiro seu.
Mas é só sonho, delírio.
 
A cada momento que passa me acostumo com a certeza de que você já não esta mais aqui.
E assim eu sigo a minha vida: com as lembranças inesquecíveis de um toque e um beijo sem igual; sombra do passado e de um futuro incerto.
Eu ainda a amo, mas, apenas sozinha.
EU TE ESPEO, perdida...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Você!

Que surgiu naquela tarde, como quem não queria nada, me ofereceu um cigarro e me fez sorrir,
que brincou com meus cabelos, interpretou meus sonhos e traduziu coisas da vida pra mim.
Você.
Que me abraçou quando eu precisava e me mostrou o amor do decorrer de cada dia.
Que trazia meu café na cama, dormia juntinho a mim e aguentava meus chutes na madrugada.
Você, só você.
Que desenhava e tecia planos de um amanha sem fim.
Que teimava comigo e me fazia pedir desculpas por coisas das quais não fiz.
E não há ninguém, não, não há. Só você.
Porque são meus, teus melhores sonhos.
Porque foram contigo meus dias inesquecíveis
Porque foi comigo a sua noite perfeita.
Você, mais ninguém.
Porque é o teu corpo que o meu pede, é a tua mão que quero junto a minha.
Você, só você.
É o seu cheiro que grudou em mim, é o seu gosto que não sai da minha boca.
Não, ninguém mais.
Porque é você que conhece minhas manias
É você que sempre soube me convencer,
Foi você que me mimava, que me amava, que me enlouquecia...
Você.
Sempre foi a exceção, o diferente, o imperfeito
Só você
Meu amor em escrito, meu segredo, minha alegria.
Você.
Pra quem fiz meus mais sinceros votos de amor...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Antes de te conhecer, já tive outros amores.
Depois de ti, amei com mais calma.
Com você, vi que não precisei pensar em gentilezas.
Antes de você, não sabia o quanto era bom compartilhar silêncios e suspiros.
Antes de ti, eu não me dava chances.
O que sobrou de ti... Foram as músicas que já não ouço mais e meias fotografias.
Sabia que ainda me dói falar de ti como passado?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Por ela, pra ela.

Eu nasci pura lógico, sem saber que no coração dos outros poderia haver maldade,
Ou que na maldade de muitos não haveria se quer um coração.
No dia em que descobri o que era amar alguém aprendi imediatamente o que é se machucar,
Entendi como era possível sofrer por amor, aquele lindo que te faz desenhar corações na última folha do caderno lembra?
É, ele quase sempre dói, em mim doeu, e eu senti vontade de rasgar as folhas, de riscar os nomes, de apagar da memória,
De chorar até cansar, e quando isso acontecesse deitar-me no rio de lágrimas e afogar-me nas lembranças.
E foi assim que eu deixei de existir por um tempo e ela tomou conta da situação.

Ela chegou deixando claro o que queria, ou o que não queria,
Decidida, intolerante aos sentimentos alheios, livre pra livrar-se dos seus,
Foi muito intensa em tudo que fez, muito verdadeira em tudo que falou,
Muitas vezes áspera, seca, gelada.
Ela se divertiu, deu gargalhadas, mas feliz mesmo nunca foi,
Quando sentiu falta dessa tal felicidade que via nos outros rostos ela buscou,
Procurou em todos os lugares, mas esqueceu de olhar pra dentro de si,
Então ela me chamou de volta.

Agora eu voltei,
Intensa como ela, porém sensata,
Um pouco mais doce,
Mas sem perder o azedo que ela me deixou, é claro,
Sou agridoce.
As palavras continuam fluindo sem freios,
Mas agora não saltam como flechas da minha boca,
Saem como um rio, as vezes forte,
Flexíveis, e sempre se moldam as pedras que vem pelo caminho.
Ai que saudade eu senti de borboletas voando no meu estômago!
Hoje eu vôo com as borboletas, pra longe de tudo que me prende a ela.
Ela gostava do gelado, sempre gelado,
Eu devo adimitir que gosto, mas ainda prefiro o quente,
Gosto que ferva, queime,
Adoro ebulições.
Até aceito o gelado, mas morno jamais!

Não sei se ela volta um dia, e se voltar quando será esse dia,
Mas eu estou aqui, estou pronta pra viver por nós duas,
Vou ensinar pra ela como é bom ser flor e não espinho.
Vou ter, pensar, fazer, vou ser,
Eu.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Sou aquilo que você não vê aquilo que não sente que não escuta.
Sou o contrario do que imaginas do tamanho que não medes, do sabor que não se explica.
Sou do tipo só, que vaga a noite, que chora com musica. Do tipo que aprecia uma boa cena, que aproveita os momentos, que faz o melhor para cada ser.
Gosto de transformar venenos em beleza angustia em alegrias e dor em chances para um recomeçar.
Eu sou o amor ao próximo, o amor próprio, a profunda melancolia.
Sou o dia sombrio, o brilho da lua, os raios do sol.
Sou tudo aquilo que te completa, que te levanta que te revitaliza.
Sou sua mais forte droga, seu mais saudável vicio, sua contínua delicadeza exposta.
Sou toda tua, frágil, forte, nua.
Sou seu começo, nosso meio, meu fim.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Eu só queria poder falar sem usar palavras ou sons, qualquer coisa que pudesse ser entendida por outra pessoa que não fosse nós.
Usar códigos, símbolos, nossos sinais para dizer tudo o que tenho guardado e que sei que nunca será jogado fora, mesmo que o tempo, o vento e a dor sejam corretivos que apagam sentimentos e sentidos.
Crueldade do tempo avançar e deixar pra trás as horas que antes eram eternas e que hoje se resumem a apenas 60 minutos.
Eu só queria falar a verdade e não machucar, ou até mesmo criar um momento não tão bom no dia, pelo fato da saudade estar tão bem controlada e no seu lugar.
Sei que não adianta agitar a poeira ou assanhar a água, nada voltará e nunca voltará como antes, querendo ou não que o futuro se repita do passado ou que se desenhe do presente.
Queria falar que te amo sem sentir culpa ou desapego ao passado que te fiz, sem querer mudar a tua trajetória agora tão bem trilhada em rumos paralelos, em cima de trilhos de trem que não se cruzam.
Queria que um bem chegasse e tomasse conta dos nossos dias, das tardes chuvosas e das noites estreladas por vagalumes e iluminadas pelos brilhos dos teus olhos.
Eu queria simplesmente ver nosso filho com meus próprios olhos e ficar no meu lugar assistindo ele, que cresce, amadurece e floresce em verdes campos... vendo VOCÊ errar, amar, sorrir, ou simplesmente falar que a vida é bela (sem crises existenciais ou afins).
Eu só queria ser como você, e ver o mundo como se nunca ouviu...
E ouvir com outros olhos.

sábado, 24 de abril de 2010

Quero esses olhos de menina desejando o meu corpo de quase mulher,
Quero essa boca inocente que conhece todos os meus pecados,
Quero essas mãos delicadas que atiçam todos os meus sentidos,
Quero esses sussurros calmos que falam os meus maiores segredos,
Quero esses beijos ardentes que acendem os meus mais intensos desejos.
Me olha, deseja, toca, sente, se perde nas minhas curvas e não acha o caminho de volta,
Morde meu queixo, beija meu pescoço, brinca com as minhas sensações.
Me enlouquece com palavras sem sentido, se queima em meu fogo,
Se afoga no meu mar gelado de desejos quentes,
Vai embora e me deixa com gosto bom na boca e querendo mais, gosto de pecado.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Me leia agora!
Vamos lá moça eu não sou tão difícil assim de ler,
talvez algumas palavras um pouco mais complicadas, mas nada impossível de entender.
Sem muitas vírgulas ou ponto final, mas repleta de interrogações,
a cada feito uma nova exclamação, se eles são bons, reticências sem dúvidas.
Dúvidas,
sou cheia delas.
Uma hora quero dançar até me doerem as pernas, outra hora quero só dormir por noites eternas,
Sou incerta.
Inalar fumaça de coragem e enfrentar o mundo de peito aberto,
Ou só tomar uns goles de calma e esperar o tempo certo.
Se você me quiser...tem que ser pra já, ou vai me perder pro cansaço,
eu quero tudo que você tem pra me oferecer,
os beijos, o abraço, os carinhos, quero de volta meu pedaço,
aquele que foi me tirado quando eu sequer pude perceber.
Pensando melhor eu não quero pedaços, te quero por inteira, quero você.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Você errou em teus modos. Errou em nossa distância. Errou quando me fez de releitura. Errou quando achava que eu ligava quando você não cuidava da aparência. Errou quando fez do meu amor a sua injustiça.
Injustiça é sempre ter um copo de café vazio do lado da cama, injustiça é eu não conseguir ser franca e querer voltar. Injustiça é não conseguir sentar ao seu lado e não te perceber. É injusto sentir essa angústia e não poder te entender.


Eu queria também não sofrer assim.

sábado, 17 de abril de 2010

Vagareza, por fim.

Odeio me sentir assim. É, eu ODEIO!
Frágil, boba, insegura, sensível...
Vontade de chorar e ao mesmo tempo de explodir o mundo.
Queria entender o motivo das coisas,
tantos desencontros.
É estratégia do destino pra saber se é pra sempre?
Prova de resistência?
Ou algum outro tipo de teste?
Que seja..
Não muda muito o que eu sinto,
E tá difícil.
É como ser jogado dentro de um labirinto, escuro.
Sem nenhuma pista ou sinal, a única coisa que entendo, é que preciso encontrar uma saída.
Mesmo sem saber o que eu vou encontrar lá.
Mas a vontade tem sido de me encostar nas paredes e esperar,
esperar que as forças acabem de vez ou se renovem,
que eu ache o caminho ou aprenda a viver perdida.

Tudo tá precisando recomeçar, só não sei por onde...

terça-feira, 13 de abril de 2010

the only person i can not be together is one that i most wanted give my heart .

segunda-feira, 29 de março de 2010

Os dias passam, eu sinto mais necessidade aqui. necessidade de você.
Nos dias que sei que vou te ter aqui, meu coração começa a paltitar forte desde a hora que acordo. Ele sabe que daqui a algumas horas ele também vai sentir o seu bem perto. Eu sei, são poucas vezes que nos sentimos próximas, que nos vemos. Mas nessas vezes, nessas poucas vezes a paz que sinto dentro do peito quando te olho compensa todos os dias e horas que não te tive aqui comigo.
Você consegue reparar? consegue vê que quando as horas se aproximam e nos obrigam a parar, é como se eu implorasse pra que o tempo não corresse tanto, é como se meu coraçãoo soubesse que o seu ta indo pra longe dele. Aquele mesmo vazio de meses atrás percorre todo meu corpo, tudo começa a ficar fora do lugar. Os meus sentidos já sabem que só quando te tenho por perto é quando tudo está completamente certo e sem você nem mesmo a mais bela melodia ou a coisa mais linda de se vê importa. Por mim imploraria pra que você ficasse, só mais algumas horas, ou alguns dias.. Quem sabe pra SEMPRE?!

terça-feira, 23 de março de 2010

E o meu coração embora
Finja fazer mil viagens
Fica batendo parado
Naquela estação....

sexta-feira, 12 de março de 2010


Tudo o que tenho tentado fazer ultimamente é: procurar a mim mesma e entender o que eu sinto (se é realmente algo que deva ser sentido). Nos últimos meses a minha visão de vida tem estado extremamente complexa, a ponto de eu, simplesmente, pensar que nada, nem ninguém, merece o poder de potencializar uma ação tão abstrata como o de viver. É difícil pra mim compreender o que me faz ser a pessoa que eu sou, sem saber a consequencia disso e, até mesmo, do verdadeiro eu por si só. Ou seja, não o porquê da minha estúpida existência; já que eu não mereconheço mais. Às vezes eu rio por motivos fúteis, inocentes, sem-graça e ainda sim me sinto encaixada, confortável, pois ao meu redor as pessoas fazem o mesmo. Mesmo assim, ainda há momentos no qual se eu o fizesse me sentiria incomodada. Será que não posso ser eu mesma sem ser alterada por quem está à minha volta? E, de fato, quem eu sou?
Muitas vezes eu pensei que eu era diferente de tudo e de todos. Idealizei a minha perspectiva de vida sendo incomum e gosto disso, de me sentir unica. Mas no fundo, sei que sempre haverá alguém com pensamentos idênticos ou parecidos com os meus. Admito que não me agrada. Estaria, eu, sendo egoísta? Querendo ter meu pensamento apenas na minha cabeça? Estranho, não? Os olhos vêem o que querem ver e isso acontece com nossa opinião. Só não acontece com o coração. Ele não bate porque quer bater.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Uma hora chega a hora de se dar conta que é tarde demais.
Tarde pra perceber que demais é tudo que a gente não consegue dar conta.
Tudo é tão vago.
Vago as vezes é tudo aquilo que eu sinto,
As vezes o que eu sinto é nada perto do quanto eu tenho pra falar.
Falar nunca basta porque as palavras não transmitem em exato o sentimento,
Pra transmitir, sentir é exatamente suficiente.
As coisas andam tão loucas por aqui,
Eu ando querendo numa loucura dessas fugir pra aí.
Mas pra que? Desse lado parece sempre estar mais confuso que do lado de cá.
Confusão é a gente quem faz, tentando a todo instante mudar o que foi colocado no lugar.
Você é daí, eu sou de lá.
Lá eu sou você, aqui?
Não sei bem quem sou.
Você? É sempre você.
Sua hora, seu momento, sentimentos, loucura, instante, lugar.
Será que são seus mesmo?
Olha só que ideia, tudo tão organizado e eu decidi bagunçar...
Tudo bem, já estou de saída.
Calma, eu sei que não posso sair da sua vida,
É preciso que alguém te diga sempre: " Fica tranqüilo, é tudo teu, tá sob controle e você vai sim conseguir abraçar o mundo.”
Mesmo sabendo que não é bem assim.
Não, não estou mentindo. Apenas te dando o que você precisa pra acreditar que pode ir.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Talvez tenha se passado uma hora, um dia, um ou dois meses, quem sabe. Desde então, entendo os ponteiros do relógio, que estão sempre no mesmo lugar.
Olho-os com a frequência em que respiro. Talvez, tenha se passado somente alguns minutos, desde quando prometi que não lembraria mais de quem és.
O fato é que não lembro uma vida inteira, não lembro se tu avisaste que iria voltar.
Ainda tenho medo de sair do lugar e você chegar...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Eu fiz um par de brincos
Pra brincar todo dia
Todo dia, todo dia
Com a sua impecável e distinta harmonia
Harmonia, harmonia
Como se fossem duas notas da simples melodia
Melodia, melodia
Um mistério stereo que eu te cantaria
Eu cantaria, cantaria

Pra vibrar em cada canto dominante no seu coração
Rodeando, balançando, enfeitando
Seu ouvido, seu pescoço, seu corpo, sua casa, seus jardins
Contrapondo seu ritmo, seu som
Tornando sua alma dissonante enfim

Se eu pudesse
Ah, se você percebesse
Que eu faço de tudo só pra te encantar
Todo dia, eu cantaria, todo dia

Eu fiz um par de brincos
Pra brincar todo dia
Todo dia, todo dia
Com a sua impecável e distinta harmonia
Harmonia, harmonia
Como se fossem duas notas da simples melodia
Melodia, melodia
m mistério stereo que eu te cantaria
Eu cantaria, cantaria

Todo dia, essa melodia
No seu ouvido, no seu pescoço, sua casa, na sua vida
Eu cantaria...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Demorei uns dias pra conseguir vir até aqui.
Não que não quisesse, mas eu precisava saber mais de você do que já sabia. Também precisava ouvir tudo o que lembra você e isso leva tempo. Por isso, talvez, o que te escrevo já não seja mais simétrico.
Talvez, nem deveria ser. Não pra você, que ouvia música como se pudesse olhar pra ela. Eu te conto pros outros. Eu te mostro pra quem não te conheceu. Empresto-te o que nem é meu de fato. Empresto-te pra minha maldita esperança.

Enquanto a chuva me molha e apaga meu cigarro, o peito dói, e eu sei, a culpa é minha. Queria muito te ter aqui agora, mesmo sabendo que se estivesse me ouvindo agora, me ignoraria.
E sim, me culpo por não te deixar ir embora. Me culpo por não conseguir te tirar de mim, me culpo por não conseguir te esquecer, eu não consigo te lavar da minha pele. Ainda não sei ficar um dia sem pensar em você.

“... O que é que eu posso contra o encanto,
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto e que, no entanto,
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes, velhos fatos,
Que num álbum de retratos
Eu teimo em colecionar.”

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Platonisse.

Vivi intensamente aquele amor, mesmo não a vendo, mesmo não a tendo. Ri, chorei, sofri, amei. De todas, ela foi a melhor, ela é que realmente deu sentido a palavra amor. Gostava tanto de imaginar suas feições, de sentir seu perfume, de estar presente na vida dela. Sonhava todos os dias com a sua voz e acordava feito criança, rindo, desembestada ao falar, ligada nos 220 v. Deve ser por isso, errei ao ter me entregado. Errei ao tentar mudá-la. Errei ao achar que ela poderia ser feliz comigo. O que eu não havia percebido antes, é que fui só mais uma medalha de "Honra ao Mérito", mais um troféu. Errei em pensar que um dia ela seria minha. Por via das dúvidas, não pensava, saía da boca o que o coração queria falar. Doeu saber que hoje não existe mais nada, não há nada que eu possa fazer.


Agora, depois de muito refletir, vi que não tem mais graça. Não faz mais sentido ultrapassar barreiras para ficar junto dela, o amor simplesmente sumiu. Melhor que seja assim, platônico. O amor platônico é aquele que quando a pessoa amada o reconhece e também se apaixona, perde a graça. O amor platônico é bom enquanto é platônico, quando é real, não faz mais desejo. Que assim seja, deixo fotos, mensagens, músicas, tudo ao seu dispor.

Hoje, mais que nunca, viraste tema de um blog, inspiração para essas palavras. Fora daqui, sou má, traiçoeira e extremamente vingativa. Você sabe.

Talvez eu até seja assim, mas contigo, posso ter chegado perto, mas nunca fui (e deveria ser).
O que ninguém vê, talvez seja o que você, realmente sabe, sente. Ou não, talvez você faça do amor um jogo, igual fiz algumas vezes atrás. Sigo em frente, a jornada ainda não acabou. Tenho muito a fazer, não há tempo a perder. Quando eu estiver aqui, já bastante acostumada com a sua falta e o tédio dos dias que se passam, vou lhe fazer esse favor. Pode anotar, eu ainda morro de amor, apenas pra te deixar um pouco mais feliz...
Eu queria tanto que você visse isso tudo,e que mesmo que de longe me desse algum sinal!
Principalmente num dia como hoje, em que eu precise de bem mais que cigarros pra fazer o dia passar mais rápido.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mais uma de amor.

 Juro que tentei deixar a janela fechada, tampando o sol, como tantas vezes ela pediu. Juro que tentei trocar minhas plantas vivas pelas artificiais. Liguei a televisão um pouco, para tirar o silêncio perturbador que reinava lá em casa, li alguns livros para ver se te esquecia. Troquei as comidas enlatadas por frutas frescas, parei de tomar sol e finalmente tirei algumas horas para dormir e tirar minha cara de ressaca.Joguei fora meus cigarros - apesar de ter certeza que mais tarde eu irei os pegar novamente - e a única bebida que ando consumindo esses dias é café e suco de maracujá, juro.
Tô tentando retomar minha vida, andei ligando para alguns antigos amigos, prometi à minha avó que ainda vou vê-la antes dela morrer, e até arranjei um trabalho legal. Andei falando com meus vizinhos, andei por aí pra ver as pessoas e até cheguei a um quarteirão da tua casa, só que por saber que ainda é cedo demais, acabei voltando pra casa.
Não se assuste com o meu silêncio, - e não tenha medo dele - eu estou com você, não importa o quão demore. Pode ser que às vezes eu pareça sombria, pensativa. Pode ser que ao invés de beijos e sorrisos, eu te traga flores e o meu silêncio. Tenho certeza, que daqui há alguns meses vou ser tudo aquilo que um dia você sonhou. E às vezes posso não ser a certa, nem conseguir chegar aos pés de uma.

Não chegar perto é fundamental, nada de troca de olhares, nem o tocar das mãos, intimidade demais é perigoso demais. Entre um gole ou outro dessa coca-cola, na qual ando bebendo desde então, eu pude finalmente te enxergar por de trás da fumaça do teu cigarro e não é isso o que eu quero. Acho que não é você que eu quero. Não é por precaução, mas prefiro ficar de longe, assim te observo melhor e posso ver as suas manias. Não estou assustada o tempo todo, é só que às vezes toda essa confusão me apavora.

Eu simplesmente não quero ter que conviver com a sua indecisão.
Você diz que eu nunca soube o que eu queria, para onde eu queria ir, o que eu queria de você. Por acaso você já tentou descobrir o que você quer de você mesma? Algo além do de praxe, algo além do carro do seu pai, algo além do seu dinheiro, algo além de me fazer sofrer, você já tentou se perguntar o que tá fazendo ai? Ao lado dessa vadia, no meio de tanto vazio, no lugar de ter aceitado o amor que eu tentei te dar? Ele podia machucar, qualquer amor pode, mas em relação à sua vida, meu amor não causaria nem uma mínima fisgada no seu cérebro.

Desculpa se cometi o mesmo erro que cometes hoje...
Esperando que o tempo passe devagar...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Meu silêncio.


Há muito venho me sentindo assim, vazia. Há muito sinto o coração acelerar, sem saber o motivo. Tenho tanto tempo sobrando, e ao mesmo tempo, não tenho tempo pra nada. Tenho tantos planos, mas não tenho coragem de concretizá-los.

Meu mundo é assim, vazio. Não consigo saber o que me faz bem, não consigo ter metas pra vida. Eu nunca as cumpro, ora por preguiça, ora porque eu esqueço. É, sou esquecida mesmo. Não lembro nem o que eu comi ontem no almoço. Agora, me pergunte o porquê disso. Vou te responder com um sorriso de canto de boca, que disso eu também não sei. Não sei no que penso, não sei o que faço, não sei qual é a roupa que eu uso.

Sei que gosto do silêncio. Gosto do meu canto. Tem vezes que o meu silêncio dói mais do que as palavras. Mas, talvez, eu goste dele mesmo assim.

Costumo freqüentar lugares movimentados, uso muito pouca maquiagem e não gosto de roupas elegantes, sem saber o porquê disso. Não me sinto bem no meio de muita gente, maquiagem faz meus olhos arderem e a roupa mais confortável é o meu pijama velho com um sapinho já desbotado. Isso não me faz bem, não é ali o meu lugar.

Um dia desses, depois de uma longa e cansativa discussão com a minha mãe, ela me perguntou o porquê de eu ser assim. Parei, pensei, refleti, e a respondi, que eu também não sei. Só disse a ela que ela é a única que me vê do jeito que eu sou. Sem ter que fingir ser outra pessoa para agradá-la. Vou a boates, shows, festas, tenho vida social. Mas nada disso é o que eu quero, o que eu gosto. Por muito tempo, achei que era aquilo que me fazia bem. Há pouco, descobri que o que faz bem é o meu silêncio. É ele que ameniza meus problemas, ele que me acalma.

Já tem um tempo que me escondo. Quando tinha oito anos de idade, me mudei pra uma nova casa. Bairro novo, escola nova, vizinhos novos. Sempre fui cercada por primas e vizinhas legais. Chegando à minha nova casa, todas as “coleguinhas” eram mais velhas que eu. Tive que me mudar, pra elas brincarem comigo. Falava de roupas cor – de – rosa, de brilho labial, de maquiagem. Já eu era confundida com um garotinho de rua, andava com meninos, com um short largo e tinha o cabelo curto, bagunçado. Definitivamente, não era uma “delas”. Implorei para a minha mãe comprar a casa da Barbie pra mim, com todos os acessórios possíveis. Em poucos dias, a vizinhança toda sabia, e quase fizeram uma fila na porta da minha casa para ver meu novo brinquedo. Gostei daquela história de ser “popular”. Todo fim de semana eu montava a casinha, para todas as minhas “coleguinhas”. Naquele tempo, gostava daquilo, mas depois de um tempo, descobri que eu usei máscaras durante toda a minha vida.

Fui alguém que não sou para agradar as pessoas, para agradar meus amores, para agradar meus amigos. Sempre fingi ser simpática, ser amiga, ser legal, quando não sou, quando não me faz bem. Sempre fingi ser alguém que me faz mal, que não liga pro sentimento dos outros, que não sabe o que é solidariedade. Foi debaixo de muita chuva que eu fui ver quão mal eu fui com as pessoas. Vi, que não as deixo, são elas quem me deixam. É, mas um dia as pessoas cansam de tentar me entender.

Mil desculpas a todo mundo. Principalmente a você, que acreditou que eu sempre fui muito mais que isso!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010


    Desculpa, se estive alcoolizada demais pra você.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010


Quando eu tô sozinha, eu fico revivendo o passado. Procuro saber o que é que eu fiz para aquilo tudo não ter dado certo. Quando eu tô sozinha, eu busco resposta para o que ficou em branco. Talvez eu devesse ter me libertado um pouco mais, ter sido menos fantasia, mas a ilusão é ouro de trouxa; quisera eu poder contornar uma situação em que eu  sempre sou a culpada, e você, sempre tem razão. Pra mim, é fácil fingir que não ligo para o que você diz ou faz, quem me vê, acha que já és passado. Mas quando eu tô sozinha, debato em frente ao espelho, minha metade sã me pede para respirar. Quando eu tô sozinha, eu fujo de mim, tento encobrir meu desespero com poesia. Enquanto eu busco respostas para os meus devaneios, você se diverte entre fumaça, álcool e beijos. Um dia, eu ainda viro o jogo, um dia, deixo de brigar com o espelho e me livro de você e de tudo o que me faz mal.. Assim como flores murchas não alegram o dia de ninguém.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


Me volto contra a chuva. Sempre com esse tom de guerra, me deixa ainda mais melancólica.
Um, dois, cinco cigarros de uma só vez, ainda não são suficientes para amenizar a minha agonia.
A cerveja que antes fora só em ocasiões especiais, é bebida no lugar da água. Esqueci de trocar as toalhas, fiquei perdida ao procurar o telefone.
Me vejo ainda mais decadente. Troquei meia vida por um pouco de lucidez.
Esquecendo do mundo e sendo esquecida por ele.
Certas coisas andam tão complexas que a tradução delas, só as tornariam ainda menos compreensíveis.
E falta de compreensão é o que eu menos preciso.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010


Me encontro em coerência, te acho em acaso. Disfarço necessidade com ironia. Tropeço sempre nos mesmos versos, você canta sempre uma nova melodia. Me vejo em bossa-nova, meio jazz; Te encontro num rock, às vezes, num blues. Ainda cuido do que é ETERNO... Espero que o dia chegue devagar.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Um pequeno desabafo.

Para não sofrer eu vou me drogar de outros, vou me entupir de elogios, eu vou cheirar outras intenções. Vou encher minha cara de máscaras para não ser meu lado romântico que tanto precisa de um espaço para existir ridiculamente.

Não vou permitir ser ridícula, nem uma lágrima sequer, nem um segundo de olhar perdido no horizonte, nem uma nota triste no meu ouvido. Eu sei o quanto vai ser cansativo correr da dor, o quanto vai ser falso ignorar ela sentada no meu peito. Mas vou correr até minha última esquina. Vou burlar cada desesperada súplica do meu coração para que eu pare e sofra um pouquinho, um pouquinho que seja para passar.

Suor frio da corrida, sempre com sorriso duro no rosto e o medo de não ser nada daquilo que você me fez sentir que eu era. Muita maquiagem para esconder os buracos de solidão. Muita roupa bonita para esconder a falta de leveza e de certeza do meu caminho.

E por que vendo tanto meu corpo e tão pouco minha alma? Porque quero ver você comprando o que realmente quer e não enganando querer para levar a promoção.

Cansei das promessas de compra e das devoluções gastas do meu corpo. Cansei de expor minha alma se no fim tudo acaba mesmo. Então tá aqui ó: peitinhos, coxas, barriga e o buraco que você tanto quer. ;)

Leve de uma vez e me engane por alguns dias. Você é igual a todos os outros e todos os outros são: lixo. O amor não existe, e, se existe, não dura pra sempre. E, se não dura pra sempre, não é amor. E nada dura pra sempre. E então o amor não existe.

Estou amarga com simplicidade, e isso é relaxante já que vivo cheia de complicações. A amargura é muito mais simples que a esperança. Estou triste do tamanho do buraco sem vida que você deixou em mim, uma concavidade sonhadora que ainda pulsa um desejo que ao mesmo tempo enoja.

Ainda sinto VOCÊ aqui dentro e toda a energia boa de vida que esta lembrança poderia gerar em mim, mas essa energia sem escape, sem válvula, sem história, essa energia inocentemente transformada em ódio, só carrega ondas que me corroem por dentro.

Mas para não sentir dor eu vou jurar ao último ouvido do meu universo o quanto você me faz descartavel. O quanto sua molecagem não permitiu nenhuma admiração de minha parte.

Para não sofrer não vou permitir minha cabeça no travesseiro antes do cansaço profundo e sem cérebro. Não vou permitir admirar coisas da natureza porque talvez eu me lembre de você ao ver algo bonito.

Não vou permitir silêncios porque é aí que o meu fundo transborda e a tristeza pode me tomar sem saída. Eu vou continuar deixando a minha cabeça me martelar porque toda essa confusão é ainda menos assustadora do que a calmaria da verdade.

A verdade é a frieza do mundo, é a podridão dos desejos, são as mentiras que a gente inventa para os outros e acaba acreditando. A verdade é que mais cedo ou mais tarde você será traído, porque todo mundo tem medo de viver a entrega. A verdade é que ninguém se entrega porque ninguém se tem. A verdade é que não estamos aqui, estamos em algum lugar seguro vivendo nossas vidas medíocres. A verdade é que todo esse perfume é vergonha de nossa essência, todas essas marcas são vergonha do nosso corpo, todo esse charme despretensioso é vergonha de nossas fraquezas. A verdade é que nada é inteiro porque até o inteiro para ser todo precisa ter seu lado vazio. A verdade é que não dá para fugir da dor, e eu continuo correndo, correndo, correndo e não saindo do mesmo lugar.

Desabafei.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso aguentar.

Tentando disfarçar o cansaço.